O árbitro Gutemberg de Paula Fonseca vai receber em oito dias a medalha Pedro Ernesto, a mais alta condecoração entregue pela Câmara de Vereadores do Rio.
A honraria é mais um degrau na carreira extracampo de Fonseca.
Além de árbitro, ele é assessor parlamentar. É chefe de gabinete do vereador Fernando Moraes, na própria Câmara Municipal carioca.
Fonseca começou a ganhar espaço no quadro nacional em 2005 após o caso da Máfia do Apito. Edson Resende, que substituiu Armando Marques na comissão de arbitragem da CBF, gostava do seu estilo e passou a incluí-lo em mais sor teios.
Em seguida, Fonseca também caiu nas graças do presidente da comissão de arbitragem da Ferj e presidente do Sindicato dos Árbitros do Rio, Jorge Rabello, e passou a ser escalado em clássicos e decisões do Campeonato Carioca.
Por duas vezes, esteve para ser indicado para o quadro da Fifa, mas em ambas o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sergio Correa, pôs outros árbitros cariocas, Marcelo de Lima Henrique e depois Péricles Bassols.
Neste ano, Fonseca, em parceria com Moraes, conseguiu a aprovação de vários projetos de interesses dos cartolas da Ferj (veja detalhes no quadro ao lado).
E em outubro, com a interferência do próprio Teixeira, foi nomeado para o quadro da Fifa (a partir de 2011), no lugar de Bassols.
PATRÍCIA AMORIM
A iniciativa de outorgar a honraria a Fonseca partiu da mesa diretora da Câmara de Vereadores. O vereador Stepan Nercessian, vicepresidente da Câmara, disse se lembrar de ter assinado o pedido, mas negou ser iniciativa dele e disse que considera Fonseca “muito novo” para receber essa honraria.
– Essa medalha é pelo que o cara já fez, não pelo que vai fazer.
Outro vereador que assinou o pedido foi a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim. A assessoria de Amorim disse que a iniciativa foi do presidente da Câmara.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)
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